Futuro Campus Uerj Zona Oeste anda de lado

Passados dezessete meses da incorporação da Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste – Uezo – pela Uerj – Universidade do Estado do Rio de Janeiro – em 22.03 2022 -, pouco se avançou no cumprimento da Lei que regeu a incorporação, e até agora nenhum fato novo justificou a medida tomada a “toque de caixa”, sob o argumento de que a Uezo estava prestes a fechar as portas.

Os verdadeiros motivos foram as campanhas eleitorais do governador Cláudio Castro a reeleição e a do então reitor da Uerj Ricardo Lodi Ribeiro a deputado, que usaram a Uerj como bandeira de campanha, além do forte corporativismo de alguns funcionários da Uezo, que viram na incorporação a oportunidade de uma promoção a funcionários da Uerj com todas as regalias e direitos garantidos.

O prazo de um ano dado pela lei para que a Uerj aprovasse um Plano de Desenvolvimento Institucional prevendo a expansão da oferta de ensino superior, bem como o desenvolvimento de ações nas áreas de graduação, pós graduação, pesquisa e extensão com vigência de 10 anos, já venceu a cinco meses e até agora não foi cumprido. A reforma dos prédios da futura sede do campus Uerj Zona Oeste, desapropriados para atender os objetivos do referido Plano de Desenvolvimento Institucional, também não saiu do papel. Sem a sede do futuro campus a incorporação perde a finalidade.

Parte significativa dos professores que encabeçaram a campanha pró incorporação foi nomeada em cargos importantes no campus Maracanã, outra parte continua no esquecido campus Uerj Zona Oeste, porém, sem o discurso de antes, e fazem companhia às lideranças comunitárias entusiastas da incorporação. Nenhuma delas

cobram publicamente, nem fazem campanha pela celeridade da consolidação do campus Uerj Zona Oeste que anda de lado.

A exceção é a manutenção dos cursos remanescentes da UEZO vinculados ao CBI – Centro Biomédico e ao CTC – Centro de Tecnologia e Ciências e os cursos de graduação e pós-graduação que estão funcionando a contento.
Parte da opinião pública local teme que o campus Uerj Zona Oeste seja tratado como mais uma periferia discriminada e lamenta ter perdido seu único símbolo genuíno  de poder, a Uezo, e coloca na conta dos deputados  da região, além de outros que garimpam votos aqui, o fato de não terem lutado pela revisão da lei que criou a Uezo e dito não à lei eleitoreira que a incorporou.

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